Compostos iônicos tendem a se formar entre metais e ametais. Observe o quadro abaixo:
Por exemplo, para a formação do LiF, fluoreto de lítio, consiste de cinco etapas diferentes, cada uma com sua respectiva energia.
Etapa (I): Li(s) → Li(g)
Corresponde à vaporização de um mol de Li(s), formando átomos de lítio vaporizados. A energia necessária para este processo endotérmico é igual a 155 kJ.
Etapa (II): ½ F2(g) → F(g)
Descreve a decomposição de meio mol de F2(g) na formação de um mol de átomos de flúor. A energia necessária para este processo endotérmico é de 79 kJ.
Etapa (III): Li(g) → Li+ + e
Consiste na remoção dos elétrons mais externos dos átomos de Li. A primeira energia de ionização do Li tem um valor de 520 kJ. Ocorre a produção de um mol de íons Li+(g). Este processo é endotérmico.
Etapa (IV): F(g) + e → F-(g)
Corresponde à adição de um elétron a cada átomo de flúor. Esta é a eletroafinidade ao elétron do F e é igual a 333 kJ. Ocorre a produção de um mol de F-(g) e o processo é exotérmico.
Etapa (V): Li+(g) + F-(g) → LiF(s)
É a aproximação do mol de Li+ do mol de F-, para formar um mol de LiF(s). Ocorre a liberação de 1016 kJ. Esta energia é chamada de energia da rede cristalina.
A variação total de energia é a diferença entre a energia fornecida ao sistema e a energia liberada. O total de energia absorvida é de 754 kJ. O total de energia liberada é de 1349 kJ. Após a subtração das quantidades de energia vemos que são liberadas 595 kJ. Portanto a reação total é exotérmica. Logo, a energia do sistema decresce o que confere maior estabilidade ao LIF. Note que o alto valor da energia da rede cristalina é o principal responsável para a estabilidade desse composto. Isto também acontece com os outros sólidos iônicos.
Elaboração: Prof. Paulo Silva
Gostei da explicaçao so que Li(g) → Li+ + e vem na 2° etapa :D
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